Uma comparação dos números apresentados em 2003 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com as conclusões do relatório PNUD-FRA de 2011 e do inquérito regional sobre os ciganos, realizado no mesmo ano em conjunto pelo PNUD, Banco Mundial e Comissão Europeia, permite observar que as comunidades de etnia cigana continuam confrontadas com um desemprego persistente, uma segregação no ensino, condições de habitação insalubres, um cenário dramático em matéria de cuidados de saúde, uma sub-representação na política e um isolamento geográfico. Estes dados, bem como as experiências das próprias comunidades, constituem a prova viva da inadequação dos anteriores programas de integração, os quais, entre outras insuficiências, padeceram de uma dispersão entre vários domínios de intervenção, de um subfinanciamento e de uma falta de envolvimento dos ciganos. Por esse motivo, assistiu-se, em 2011, aos primeiros esforços desenvolvidos a nível da UE para a integração dos ciganos, representando, por ora, a iniciativa mais promissora com vista a esbater a sua marginalização.