A arte ao serviço dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio

Lisboa é a primeira cidade a receber a exposição «Caprichos de Goya», que seguirá depois para o Porto e a seguir para outras cidades de Portugal, antes de partir para uma Estampa 43 150digressão mundial.

As 80 gravuras de Francisco de Goya y Lucientes (1746-1828), pintor e gravador espanhol, ficarão expostas até 12 de maio no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa.

«Está aqui retratada toda a sociedade espanhola oitocentista, desde o povo, o clero, os políticos, em aspetos que vão desde os vícios, os maus costumes de todo o tipo de gentes, que podem servir para reflexão da sociedade atual. Porque não mudou assim tanto», comentou Francisco de la Fuente, um dos responsáveis internacionais pelo projeto Dancing for the Millennium Goals (Dançar pelos Objetivos do Milénio), no qual se insere a exposição, que está a ser promovida pela UNESCO, para assinalar os 15 anos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, a campanha da Organização das Nações Unidas por um mundo mais justo, livre e igual.

Goya, que foi pintor oficial da corte de Carlos IV de Espanha, esteve gravemente doente devido a uma intoxicação e, depois de recuperar, criou várias séries de gravuras nas quais exprimiu os pensamentos e sentimentos mais íntimos sobre a sociedade, sem as limitações das encomendas de obras de arte.

Na série «Caprichos» estão muitas das questões para as quais a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ainda hoje continua a alertar o mundo, nomeadamente a desigualdade de género, a pobreza e a discriminação no acesso à educação.

Numa crítica «feroz e implacável», Goya percorre aquilo que via em seu redor – como a hipocrisia da Igreja e da nobreza, os casamentos combinados que faziam as mulheres infelizes – e apelava ao uso da criatividade em conjunto com o bom senso e a razão.

Estampa 37 150A mostra «Caprichos de Goya» é um projeto da produtora UAU, em parceria com o Museo Casa Palacio, em Espanha, de onde provêm as obras, e com a produtora PEVentertainment, contando ainda com o apoio da Fundació Fòrum Universal des Cultures.

O Museo Casa Palácio, em Cuenca, possui as quatro grandes séries que Goya gravou desde 1797 até 1820: «Caprichos» (1797-1799), «Desastres da guerra» (1810-1815), «Tauromaquia» (1814-1816) e «Disparates» (1815-1819).

De acordo com a UAU, em todas as cidades onde estiver patente a exposição, dez por cento das receitas da bilheteira revertem para uma Organização Não Governamental. No caso de Lisboa será a P&D Factor – Associação para a Cooperação Sobre População e Desenvolvimento.

Notícia Lusa


 

Goya CartazExposicaoMais informação:

Local: Lisboa, Torreão Poente do Terreiro do Paço

Quando: 12 março a 12 maio

Horário: Todos os dias das 10h00 às 19h00  (Última entrada às 18h30)

Preço: 7€ (Adultos); 3,5€ (Jovens e Seniores); Grátis (Crianças até aos 6 anos)


 

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