De 11 a 15 de setembro, a Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, e a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, estão de visita à Guiné-Bissau para conhecer as iniciativas em curso nesse país para erradicar a mutilação genital feminina e escutar em primeira mão as experiências concretas de pessoas e organizações.

As secretárias de Estado portuguesas Rosa Monteiro, da Cidadania e Igualdade, e Rosa Matos, da Saúde, deslocaram-se à Guiné-Bissau para uma visita de trabalho que termina este sábado.

Governo português vai conhecer de perto os projectos que visam combater a prática no país africano.

Comunidade de Hafia pede ajuda e denuncia práticas nefastas contra a saúde da mulher.

A excisão feita às crianças de tenra idade torna-se cada vez mais difícil de saber porque já não há festas, como no passado, para anunciar o acontecimento nas comunidades.

Binta Mandjam afirmou perante duas secretárias de Estado portuguesas que "há muito que não se pratica o fanado", como é conhecida a prática da mutilação genital naquela comunidade.

"Três anos depois da criação do crime, apenas um inquérito foi aberto pelo Ministério Público, arquivado sem enquadrar os factos na lei actual. Desde 2015, 11 processos foram instaurados pelas CPCJ. Desde 2014, 265 mulheres foram referenciadas pelo SNS."

"Associações que trabalham com comunidades preocupadas com eventual perda de visibilidade do tema entregaram declaração conjunta. Governo mantém financiamento específico para projectos e também grupo de interlocução. Secretaria de Estado da Igualdade garante reforço das redes locais."

Os movimentos #metoo e Time’s Up, que nasceram em Hollywood contra o assédio sexual, são dos acontecimentos mais relevantes deste novo século, contra as representações e os códigos de poder interiorizados socialmente.

Artigo da Deputada Catarina Marcelino sobre Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF.