Entrevista

. “O trabalho maior não é apenas a sensibilização das comunidades, é a formação dos técnicos.”

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Escrito em seis línguas, entre as quais o Português, o Guia de Formação Académica Multissetorial (GFM) sobre Corte/MGF é uma ferramenta útil para quem lida com casos de Mutilação Genital Feminina. A P&D Factor falou com um dos muitos autores, o antropólogo e investigador Ricardo Falcão, que, embora atribua importância aos estudos já existentes sobre a prática, diz que são necessários estudos que liguem a realidade vivida pelas vítimas da MGF a aspetos como as questões sócio económicas, as habitacionais, o acesso à saúde, à educação e ao entretenimento.

. “Não existe empoderamento sem planeamento familiar”

Mónica Ferro

A pretexto do Dia da População, assinalado em todo o mundo a 11 de Julho, a P&D Factor falou com a diretora do escritório do UNFPA em Genebra. Nesta curta entrevista, Mónica Ferro, sublinhou a importância desta data, que este ano foi dedicada ao planeamento familiar como forma de empoderar as pessoas e desenvolver as nações.

. A representação de mulheres na política e economia é insuficiente

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A pretexto dos 40 anos da CIG, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Teresa Fragoso faz uma retrospetiva do trabalho da organização a que preside desde agosto de 2016. Diz que as conquistas na área da igualdade de género são imensas – basta olhar para a evolução de alguns indicadores da situação e das condições de vida das mulheres - mas, reconhece, “até à igualdade” plena há ainda muitas batalhas a travar.

. “A saúde vale mais do que um documento”

António Carlos Silva

António Carlos da Silva já perdeu a conta às mulheres, homens e crianças que atendeu no Espaço Cidadania, no bairro do Casal de Mira, na Amadora. A maior parte, de comunidades migrantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola, que por falta de um simples documento não têm acesso à Saúde. Não que o sistema lhes vede a entrada, mas porque têm medo de serem enviados para os Países de origem. Para este médico especialista em saúde pública, o problema reside no desconhecimento da lei.

. "Investir em Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva é economicamente inteligente"

Mónica Ferro

Mónica Ferro é, desde o início de Abril, a nova diretora do escritório do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) em Genebra. Um cargo de extrema importância e visibilidade na área da População e Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, que a ex-deputada à AR pelo PSD e ex-coordenadora do GPPsPD quer honrar, continuando a fazer dos direitos das mulheres, das raparigas e dos jovens, da saúde sexual e reprodutiva e da igualdade de género uma agenda prioritária.

. “A escola devia ter uma disciplina de educação sexual”

Conceição Catalão

Defensora incondicional da Educação sexual e Reprodutiva nas escolas, Conceição Catalão trocou o ensino de História pela Educação Especial, porque a massificação do ensino, com turmas de 30 alunos, não lhe permitia olhar para cada um de acordo com a sua individualidade e necessidade. Foi essa vontade de ensinar de um modo diferente que esta professora no Agrupamento de Escolas Daniel Sampaio, em Almada, a aprofundar os conhecimentos sobre a Mutilação Genital Feminina e a tirar uma especialização em multi e interculturalismo. Porque para agir e ajudar as meninas vítimas desta prática nefasta, é preciso conhecer os meandros culturais das comunidades que a praticam.

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