Deixou a carreira académica e a investigação nas áreas da Literatura e Descobrimentos para presidir ao ex-Instituto Camões, hoje Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que além de promover a língua e a cultura portuguesas, coordena a cooperação e o desenvolvimento. E neste domínio, Ana Paula Laborinho reconhece os impactos negativos da diminuição, nos últimos anos, da Ajuda Pública ao Desenvolvimento de países parceiros da Cooperação Portuguesa. Mais: admite que essa ‘baixa’ atingiu já o limite.
Entrevista
“A redução da Ajuda Pública ao Desenvolvimento já atingiu o limite"
- Data de publicação 16 outubro 2015

"Uma em cada dez pessoas é homossexual"
- Data de publicação 09 outubro 2015

Num país que permite aos casais do mesmo sexo casarem, mas nega-lhes o direito à adoção e à coadoção de crianças, o acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e à doação de sangue em situação de igualdade, é um país homófobo, discriminador e preconceituoso. Para o vice-presidente da ILGA Portugal, Paulo Côrte-Real, há muito trabalho a fazer pela defesa das pessoas LGBT.
“A sociedade vive bem com a condição subalterna das mulheres”
- Data de publicação 02 outubro 2015

Elisabete Brasil, uma advogada que trocou a defesa de casos em tribunais pela defesa dos direitos das mulheres numa ONG, primeiro como voluntária e depois a tempo-inteiro, diz que muito se fez depois do 25 de abril ao nível da alfabetização, educação, formação, trabalho e habitação, mas em termos de Igualdade de Género temos ainda o caminho quase todo para percorrer. Porque enquanto houver discriminação, não há leis nem discursos políticos capazes de acabar, de vez, com a condição subalterna que a sociedade continua a impôr às mulheres.
“A interrupção voluntária da gravidez é uma decisão que compete exclusivamente à mulher”
- Data de publicação 28 setembro 2015

A Maria Purificação Araújo se deve, por assim dizer, a emancipação sexual feminina em Portugal. Não fosse o seu empenho na criação do planeamento familiar em Portugal, nomeadamente com a introdução da pílula contracetiva, contra uma Igreja católica muito fechada que associava sexo a fecundação e reprodução, as mulheres continuariam a ter gravidezes indesejadas.
“É urgente começarmos a combater os papéis de género”
- Data de publicação 18 setembro 2015

Dalila Cerejo Culpa, vergonha e medo continuam a aprisionar as mulheres a uma relação conjugal violenta. Muitas, ainda silenciam as agressões e os familiares e vizinhos, em vez de denunciarem, seguem o adágio de que “entre homem e mulher não se mete a colher”. Em todo o caso, as denúncias de mulheres vítimas em Portugal têm vindo a aumentar – 30 mil casos, no ano passado -, o que para a investigadora na área da violência de género, Dalila Cerejo, é um ponto a favor da luta contra a violência doméstica. No entanto, acredita que será difícil vencer esta batalha sem prevenção e uma intervenção precoce nas escolas, que passa pela desconstrução dos papéis de género.
Mulheres à política
- Data de publicação 09 julho 2015

Em Portugal, a igualdade entre homens e mulheres só ganhou força de lei na Constituição de 1976. Ainda assim, na política as mulheres continuam a ser uma minoria. A Lei da Paridade obriga a uma representação mínima de 33,3 por cento para cada um dos sexos mas, no Parlamento, só 27 por cento dos lugares são ocupados por mulheres. Um número bem distante da paridade efectiva. A poucos meses das eleições legislativas, Helena Santos, investigadora no ISCTE, onde estuda as relações de género na política, identifica os obstáculos e as barreiras invisíveis que continuam a ser colocadas às mulheres. Para mudar, defende a criação de quotas.