São direitos humanos, universais, consagrados, mas milhões de pessoas não têm acesso a eles. E as consequências são gravíssimas, sobretudo para as mulheres e raparigas. São elas que têm que ir buscar água ao poço ou ao rio que fica longe de casa, roubando-lhes tempo para trabalhar ou ir à escola. Catarina de Albuquerque , antiga relatora das Nações Unidas e atual diretora executiva da pareceria Saneamento e Água Para Todos, da ONU, conhece bem esta realidade e assegura que o problema existe, não por escassez de recursos, mas por falta de sensibilidade política para um tema “pouco sexy”.

Foi na literatura, na infância, que
São demasiadas as meninas a quem roubam a infância. Todos os anos, 15 milhões são forçadas a casar antes dos quinze anos. Os efeitos dos casamentos infantis são devastadores na vida destas raparigas e, em muitos casos, fatais. Além de estarem na origem de um elevado número de gravidezes na adolescência, estão associados ao parto obstruído, à fístula obstétrica e à
“É preciso investir no empoderamento de meninas e jovens para poderem fugir do casamento e do ciclo de violência de que são tantas vezes alvo.”
Eleita há dois anos coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha Mundial Feminista,
“É urgente fazer uma reflexão sobre o que se pretende para a Cooperação Portuguesa, qual a visão estratégica que se quer implementar e criar condições efetivas nesse sentido”.