Direitos em Notícia

GracaSamo1 140x125Eleita há dois anos coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha Mundial Feminista, Graça Samo encabeça uma luta hercúlea em Moçambique, seu País, para acabar com os casamentos precoces e forçados, responsáveis por muitos casos de fístula obstétrica e pela alta taxa de gravidez na adolescência, a elevada mortalidade materna por causas relacionadas com a gravidez, parto e pós parto, e a exploração da força de trabalho das mulheres. A ativista acredita que, marchando pelo mundo, fazendo-se ouvir, as mulheres e as meninas moçambicanas vão conseguir vencer todas estas batalhas.

Fotografia de Patrícia Magalhães Ferreira“É urgente fazer uma reflexão sobre o que se pretende para a Cooperação Portuguesa, qual a visão estratégica que se quer implementar e criar condições efetivas nesse sentido”.

Maria do Céu da Cunha RegoDefensora de uma mudança profunda e revolucionária da organização social, a ex-secretária de Estado para a Igualdade em governo de António Guterres diz, sem papas na língua, que com a aprovação das alterações à Lei da IVG, no dia 22 de Julho, “a mulher foi reconduzida à situação de incubadora”. E enquanto não se acabar com o preconceito que vê “o homem como ser absoluto e a mulher como criadora de filhos”, Maria do Céu da Cunha Rego admite que será difícil haver igualdade de género.

Ana Paula LobrinhoDeixou a carreira académica e a investigação nas áreas da Literatura e Descobrimentos para presidir ao ex-Instituto Camões, hoje Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que além de promover a língua e a cultura portuguesas, coordena a cooperação e o desenvolvimento. E neste domínio, Ana Paula Laborinho reconhece os impactos negativos da diminuição, nos últimos anos, da Ajuda Pública ao Desenvolvimento de países parceiros da Cooperação Portuguesa. Mais: admite que essa ‘baixa’ atingiu já o limite.

Paulo Côrte-RealNum país que permite aos casais do mesmo sexo casarem, mas nega-lhes o direito à adoção e à coadoção de crianças, o acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e à doação de sangue em situação de igualdade, é um país homófobo, discriminador e preconceituoso. Para o vice-presidente da ILGA Portugal, Paulo Côrte-Real, há muito trabalho a fazer pela defesa das pessoas LGBT.

ElisabeteBrasil 145x150Elisabete Brasil, uma advogada que trocou a defesa de casos em tribunais pela defesa dos direitos das mulheres numa ONG, primeiro como voluntária e depois a tempo-inteiro, diz que muito se fez depois do 25 de abril ao nível da alfabetização, educação, formação, trabalho e habitação, mas em termos de Igualdade de Género temos ainda o caminho quase todo para percorrer. Porque enquanto houver discriminação, não há leis nem discursos políticos capazes de acabar, de vez, com a condição subalterna que a sociedade continua a impôr às mulheres.