Ambiente

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Um cenário de desenvolvimento bem sucedido no pós-2015 terá de ter em conta considerações ambientais estruturantes e não simplistas. Para garantir um desenvolvimento sustentável, a gestão, usufruto e recolha dos recursos terrestres tem de ser pautada pela responsabilidade.

A preocupação com questões ambientais é, em parte, um reflexo dos processos de industrialização a nível global. Se anteriormente se acreditava que o desenvolvimento, adquirido pela modernização da indústria, era pautado pelo total domínio sobre o ambiente, na segunda metade do século XX essa crença provou-se insustentável. Quando, em 1987, foi publicado pelas Nações Unidas o relatório “O Nosso Futuro Comum”, foi trazida ao de cima a definição de desenvolvimento sustentável: um desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de futuras gerações conseguirem dar resposta às suas próprias necessidades. Este conceito potenciou a entrada de preocupações ambientais nos paradigmas de desenvolvimento ao assumir que um desenvolvimento sem considerações ambientais não poderia ser bem sucedido, devendo-se tal facto, entre outras coisas, à profunda interligação entre desenvolvimento humano, pobreza, desigualdade e ambiente.

Preocupações ambientais coerentes com a protecção e promoção dos direitos humanos, económicos e sociais permeiam as negociações em torno da agenda pós-2015, que se sustenta na ideia de sustentabilidade a três níveis, cada um deles interdependente e transversal aos restantes: sustentabilidade social, económica e ambiental. Sem considerações acerca do ambiente, perpetuam-se ciclos de pobreza e padrões de vulnerabilidade humana.

Alterações climáticas criaram no século XXI vagas de pessoas internamente deslocadas sem precedentes, enquanto a ausência de regulação efectiva sobre questões como emissões de CO2 ou despejo de materiais residuais nas águas ou em lixeiras ao ar livre perpetuam ciclos de desigualdade, por acontecerem desproporcionalmente em países ditos em desenvolvimento. Esta situação torna-se especialmente preocupante quando se tem em conta que é precisamente nas zonas mais vulneráveis que não existem infra-estruturas básicas como saneamento e acesso a água de qualidade. Soluções como a compra de quotas de CO2 não podem acontecer num vácuo, estando esta prática a culminar num acentuar de desigualdades e sem efeito de maior no plano ambiental. É, portanto, crucial que não se percam de vista metas e objectivos ambientais associados sempre aos direitos humanos, incluindo o factor do género, quando se pensa em desenvolvimento.

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O impacto das alterações climáticas sobre as crianças - Relatório

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Unless we act now – the impact of climate change on children (A menos que actuemos agora: o impacto das alterações climáticas sobre as crianças.

Leia aqui a versão integral do Relatório da UNICEF hoje apresentado.

Este é o momento de deter a mudança climática

climate change

Momentum for Change is an initiative spearheaded by the UN Climate Change secretariat to shine a light on the enormous groundswell of activities underway across the globe that are moving the world toward a highly resilient, low-carbon future. Momentum for Change recognizes innovative and transformative solutions that address both climate change and wider economic, social and environmental challenges.