Crónicas de Catarina Furtado no âmbito da campanha Continuamos à Espera, publicadas na revista Máxima durante o ano de 2014.

É auspicioso que Portugal esteja no Conselho de Direitos Humanos em 2015 com um roteiro que tem o fim da violência contra as mulheres e da MGF e a luta contra todas as discriminações como prioridade.

Sabiam que todos os dias casam 39.000 crianças? E que, por ano, à volta de 70.000 adolescentes morrem de causas relacionadas com a gravidez e o parto? Sabiam que não tem que ser assim?

A história natural da infeção por VIH leva a que uma pessoa infetada possa viver até dez anos sem saber o seu estado serológico porque, na realidade, poderá viver esse período de tempo sem sinais ou sintomas de relevo.

 "Ontem morreram 800 raparigas e mulheres por causas ligadas à gravidez, parto e pós-parto; na sua maioria causas evitáveis com cuidados de saúde sexual e reprodutiva, com acesso a boa saúde materna."

O casamento infantil é uma violação grosseira dos direitos humanos de milhões de pessoas, que as impede de ter uma vida digna e realizada, de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.

O casamento infantil, forçado ou combinado, união alheia a qualquer forma de consentimento livre e esclarecido, é uma realidade complexa e de difícil compreensão.

Os ODM têm erros de origem. Erros que têm a ver com o carácter pouco participativo desse processo.

As mulheres são metade da população mundial e ainda correspondem a 70% das pessoas em situação de pobreza no mundo.