VENDO O INVISÍVEL - Em defesa da ação na crise negligenciada da gravidez não intencional
- Data de publicação 29 março 2022
Com transmissão online no Facebook do Camões, IP
PROGRAMA:
15:00 | Abertura
Vice-Presidente do Camões – IP, Cristina Moniz
Presidente da Associação P&D Factor, Graça Campinos Poças
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos, Francisco André
15:30 | Apresentação do Relatório A situação da População Mundial 2022 “Vendo o Invisível: Em defesa da ação na crise negligenciada dagravidez não intencional”
Mónica Ferro, Directora do Escritório UNFPA em Genebra
Catarina Furtado, Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA
16:15 | Perguntas e Respostas
Moderadora - Alice Frade, DE da Associação P&D Factor
17:00 | Encerramento
Iniciativa:
Resumo
A nível global, quase metade de todas as gravidezes não são intencionais, um número surpreendente de 121 milhões por ano, em todo o mundo. Esta é uma crise invisível que se desenrola perante os nossos olhos. É um custo insuportável para as pessoas e para o mundo.
Uma em cada duas gestações ocorre no corpo de pessoas que não escolheram deliberadamente a gravidez ou a maternidade, que não estavam abertas à perspectiva de ter uma criança naquele momento, com aquele companheiro, naquelas circunstâncias. Para essas mulheres, a escolha reprodutiva que mais altera a vida – engravidar ou não – não é uma escolha de todo. Esta é uma questão pessoal, uma questão de saúde, uma questão dedireitos humanos e uma questão de desenvolvimento.
O relatório “A Situação da População Mundial” deste ano reúne os dados mais recentes sobre gravidez não planeada e seu impacto nas sociedades, países e no desenvolvimento global. O relatório explora as condições do mundo real que estão ligadas ‘as gravidezes não intencionais, incluindo pobreza, níveis mais baixos de escolaridade e participação no mercado de trabalho e exposição à violência e coerção. O relatório também analisa as razões para o não uso de contraceptivos e conclui que, ao contrário do esperado, a falta de conhecimento e de acesso já não são a explicação mais prevalente para esse não uso e descontinuação. Em vez disso, as respostas apontam o medo e a possibilidade de efeitos colaterais, o sexo pouco frequente e a oposição de outras pessoas como as causas principais. Por fim, o relatório destaca os impactos intergeracionais duradouros das gravidezes não planeadas.
Factos importantes:
- Todos os anos, quase metade de todas as gravidezes são não planeadas. Para as pessoas afetadas, a escolha reprodutiva que mais altera a vida, não é escolha alguma.
- Entre 2015 e 2019, houve cerca de 121 milhões de gravidezes não planeadas por ano, em todo o mundo.
- Mais de 60 por cento das gravidezes não intencionais terminam em aborto. 45% de todos os abortos realizados em todo o mundo são inseguros.
- Globalmente, estima-se que 257 milhões de mulheres que desejam evitar a gravidez não estão a usar métodos contraceptivos modernos e seguros. Destas, 172 milhões de mulheres não usam qualquer método.
